terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Amarelo Escuro

Sábado me dá a impressão de que tem algo faltando, antes mesmo de novamente e novamente ele chegar. Sempre aquela mesma impressão de que eu deveria estar esperando, e espero com preguiça o dia passar.

O play faz começar de novo a vida de Alice, Dan, Anna e Larry. Ás vezes eu só queria alguém para me tacar o travesseiro ao me ver sonolenta, alguém para ocupar o espaço que sobra no sofá. Mas, o choro insiste em ser meu câncer enquanto só queria dizer que sinto saudade. Amar não faz com que as pessoas fiquem ao nosso lado e não percebi isso quando fui eu que parti mas, quando me deixaram.

Depois de tanto não gostar, melão aguçou meu paladar. Ele virou todas as possibilidades para não lembrar e fugindo das lembranças me transformei em alguém que não queria, em alguém que não suporto, sempre falando e apontando para o mesmo lugar.

A cerveja esquenta sem alguém para brindar. Sem alguém que me leve para qualquer canto e deixa o café esfriar. Ainda ouço as duras palavras abrindo a ferida. Tem certas coisas que a gente jura que não merecia ...

Os dias passam e aqui o que vejo envelhecer são apenas os livros na estante.

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